1º treino CORRO, LOGO EXISTO - A Crónica

No sábado passado, 15.02.2014, foi o primeiro treino CORRO, LOGO EXISTO. 

Não quer isto dizer que tenha sido o meu primeiro treino, pois a esses já lhes perdi a conta, mas sim o primeiro que eu fiz depois de ter criado este blogue que foi anunciado previamente e aberto a quem nele quizesse participar. O objetivo destes treino abertos é poder treinar em conjunto com outros atletas que o queiram fazer, poder trocar experiências e treinar em conjunto para as mesmas provas (se for caso disso) e quem sabe, no dia da prova (e de parte a parte), poder existir alguém que conhecemos e com quem treinámos anteriormente, que nos pode ajudar caso estejamos num dia menos bom.

Mas passemos à crónica deste 1º Treino CORRO, LOGO EXISTO:

Organizar um treino coletivo é bastante complicado e existe todo um conjunto de situações que têm que ser tidas em conta, como sejam:

Percurso - O percurso deste treino tinha como objetivo fazer um treino tanto quanto possível no percurso da Meia Maratona de Almada, tendo em conta no entanto algumas limitações como sejam o acesso à Base Naval do Alfeite (acesso restrito) e a subida para o Monte da Caparica que teve que ser feita pela estrada (penso que na prova é pela via do MTS), e não foi feita a passagem pelo interior do Fórum Almada. Como no interior da Base Naval penso existirem algumas subidas, o percurso no Parque da Paz foi maior de forma a incluir uma subida de 500 mts. No entanto o percurso que inicialmente tinha cerca de 16 kms teve afinal cerca de 17,25 kms.

Abastecimentos - Estava previsto que cada atleta levasse o seu próprio abastecimento (Gel, água) sendo que ao km 6,5 estaria previsto um abastecimento com água, no bebedouro público do Parque da Paz. Outros abastecimentos de água seriam possíveis, especialmente na zona de Almada, entrando-se num café e pedindo-se um copo de água.

Interrupção do Trânsito - tratando-se de um treino e não de uma prova, o trânsito não seria interrompido, sendo necessário cumprir com as regras de trânsito aplicáveis aos peões e caso o número de participantes assim o exigisse havia que seguir em fila indiana em certas partes do percurso, pela berma da estrada. 

Bem, mas passemos ao treino propriamente dito.

Para começar queria dizer que este treino foi um estrondoso sucesso, tendo batido o recorde de participantes. 

Neste treino houve precisamente 1 Participante: Eu mesmo. Claro está que sendo o primeiro treino estamos perante um recorde de participação, que espero possa vir a ser batido em futuros treinos.

Mas a minha qualificação de estrondoso, não tem a ver com o nº de participantes, mas sim com o seu resultado. Pois bem às 14h50m saí do parque de estacionamento de Cacilhas, em direção à Lisnave para cerca de 1,5 kms depois começar a subida das Barrocas, em direção à Base Naval do Alfeite, a primeira de 4 subidas complicadas neste treino.

Ao chegar aos 6,5 kms era altura de beber um pouco de água no bebedouro do Parque da Paz.Tinha levado um gel comigo mas achei que ainda seria muito cedo para o tomar. O problema é que não levava água para o tomar mais à frente, o que me obrigaria a parar num café para pedir água. Decisão: Não havia gel para ninguém e aguele golo de água iria ser o único abastecimento.

Depois do Parque da Paz veio a ciclovia e o percurso até à passagem por cima da via rápida da Costa da Caparica. Esta parte correu relativamente bem, mas o mais complicado estava para vir. Apesar do S. Pedro ter dado alguma trégua, não foi fácil passar por cima da via rápida, já que em plena subida, completamente desabrigado era díficil correr com o vento de frente, para logo a subir começar a subir para o Monte da Caparica, naquilo que parece uma autêntica parede. Opção: Baixar a pála do boné, olhar para o chão, para os pés, e esquecer o que ainda falta.  

Depois foi aproveitar a descida para descontrair até à estação de comboios do Pragal e enfrentar as subidas finais. Primeiro havia a passagem sobre a A2, que já com 12 kms não foi muito difícil de subir, para depois aos 14 kms enfrentar a subida em direção a Almada, o que também não correu nada mal (6'13'') e depois na descida já no km 15 ainda tive pernas para fazer 5'30'' ao kms. 

Quando digo que foi um treino estrondoso tem a ver com isto:

1) Um treino de 17 kms no percurso da Meia Maratona de Almada, quase sem qualquer abastecimento, que a mais de 2 meses da prova deu para perceber que poderei vir a fazê-la e a acabar de forma confortável, bastando para isso uma boa gestão do ritmo;

2) Ter feito o meu melhor tempo aos 15 kms (1h34') quer seja em treinos ou em prova;

3) Em 17 kms de treino ter conseguido um ritmo médio de cerca de 6'15'' ao km, abaixo do ritmo que pretendo para a Maratona (6'24'' ao km) para a conseguir fazer em 4h30';

4) Saber que tendo em conta o percurso do treino, sempre a subir e a descer, isto é um bom indicador de que conseguiria um ritmo de 6'24'' ao longo duma distância maior caso o percurso fosse plano;

5) ter acabado o treino sem caimbras;

6) ter feito tudo isto num treino sozinho e não num treino acompanhado, onde a motivação tende a ser maior, o que é sempre bom pois em prova podemos dar connosco a correr sozinhos e temos que trabalhar a nossa resistência mental. 


Depois de um treino exigente havia que recuperar e como tinha idoa a um restaurante italiano optei pela pasta, mas como podem ver pela foto acho que o jantar deveria ter sido na noite anterior ao treino e não após este. Parece-me um sítio bom para visitar em vésperas da Maratona.

Nota: Trata-se de um prato fundo, tipo prato de sopa. Isto dava à vontade para duas pessoas.... ou talvez não!!!